sexta-feira, abril 01, 2011

Espera...

Se ao teu desalento, me despertas
Como nuvens brancas que desprendem-se do céu
Esquece as horas frias, encobertas
As horas incontáveis num papel

Não me fales do teu passado triste
Não me fales dos sonhos esvaídos
Existe vida neste coração, existe!
E um mundo inteiro a ser vencido.

Anda! O tempo que pensavas findo,
Recomeça. Permita-se viver!
Impeça a razão de não fazer.

Ainda que suponhas estar partindo,
A cor do céu parece distorcida
E nela a tua sombra é refletida.

Belle Neves

5 comentários:

Jaime Adilton disse...

"Não me fales do teu passado triste
Não me fales dos sonhos esvaídos
Existe vida neste coração, existe!
E um mundo inteiro a ser sobrevivido."

Que belas palavras saídas de um coração verdadeiramente nefelibata... amei suas poesias!
Bom Dia!!!

Anônimo disse...

O adjetivo nefelibata foi usado por Lima Barreto no livro Os Bruzundangas para designar aqueles literatos alambicados que desprezavam os processos simples, fáceis, de construção textual, preterindo o conteúdo à forma.

A palavra nefelibata tem origem do grego "nephele" (nuvem) e "batha", (em que se pode andar). Ou seja, aquele que "anda nas nuvens". Em literatura, diz-se do escritor que não obedece as regras literárias. No contexto geral, trata-se de uma pessoa idealista, que vive fugindo da realidade.
textos maravilhosos os da
poetisa Belle, bela, belíssima
E a gente não sabe se se apaixona
pelos textos
ou se fica apaixonado por ela

Fred Caju disse...

Muito legal por aqui. Aprovado para se revisitar!

Graciele Gessner. disse...

Olá Cibele, parabéns por seus escritos! Desculpa o sumiço, já que deixei tudo para trás por causa da gestação. Agora, já mamãe vou aos poucos colocando a vida no ritmo... Beijos graciosos, Graciele.

Raquel disse...

por onde anda vc? saudades...